"Algumas coisas quebram de um jeito que não fazem barulho, mas ecoam para sempre." – Desconhecido
É engraçado pensar nos planos que fazemos. Já tive tantas certezas sobre a vida – sobre quem eu seria, com quem estaria, como tudo aconteceria. Algumas coisas ficavam em aberto: em qual cidade? Que tipo de casa? Que profissão? Mas, ao longo dos anos, sempre existiram certezas temporárias.
Há 20 anos, eu tinha certeza de que queria estar casado.
Há 15 anos, eu estava casado e tinha certeza de que nunca mais mudaria de cidade. Acreditava ter encontrado alguém para a vida toda.
Há 10 anos, essa certeza começou a ruir. A cidade que antes me encantava já não parecia o lugar certo. E meu casamento… já não parecia algo para sempre.
Há 5 anos, eu estava sozinho. Machucado, fragilizado, recomeçando.
Foi então que conheci alguém.
Alguém que me pareceu incrível em todos os aspectos. Pela primeira vez em muito tempo, eu via um futuro diferente, promissor, bonito. Investi tempo, emoções, esperanças. Construí objetivos em comum, planejei um amanhã ao lado dessa pessoa.
Mas a vida não está aí para os nossos planos.
E, por razões que nem sempre podemos evitar, tive que desistir desse futuro.
O Que Dói Não é a Perda, é o Futuro que se Dissolve
Eu já perdi muitas pessoas ao longo da vida. Sei como é ver alguém ir embora. Já senti isso diversas vezes. Mas essa dor… essa dor é diferente.
Não é a ausência que pesa mais.
O que machuca é perder um futuro que parecia tão certo, tão possível, tão feliz.
É como segurar algo precioso entre as mãos e, de repente, vê-lo escorrer pelos dedos sem poder fazer nada. Não é apenas perder alguém – é perder todas as histórias que nunca vão acontecer.
E o agora fica estranho. Com gosto de fim de festa.
Um vazio no peito.
A sensação de que alguém apagou as luzes.
E eu me pergunto: o que vem depois disso?
"Não são as despedidas que doem, mas as histórias que nunca chegamos a viver." – Desconhecido
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