Gamertag

terça-feira, 18 de março de 2025

Xenoblade: O Velho Amigo que Sempre Retorna

  "Algumas histórias não são apenas contadas, elas nos encontram no momento certo e nos acompanham para sempre." – Desconhecido

 

O ano era 2011. Desde o começo daquele ano, eu esperava ansiosamente pelo lançamento de um novo jogo da franquia The Legend of Zelda, minha favorita da Nintendo desde os tempos do Nintendinho 8-bits. Mas o lançamento ainda estava um pouco distante, e foi nesse intervalo que, sem muitas pretensões, acabei conhecendo um outro jogo: Xenoblade Chronicles.

Entrei nele sem expectativas. E fui surpreendido logo na primeira cutscene: dois deuses colossais travavam uma batalha épica, golpeando-se fatalmente ao mesmo tempo. Seus corpos se tornavam, então, o próprio mundo do jogo.

A ideia era tão absurda, tão ambiciosa, que imediatamente me fascinou. Esse era exatamente o tipo de loucura que me atrai em um jogo.


Um Mundo Maior do que o Console que o Abrigava

Quanto mais eu jogava, mais impressionado ficava. O mundo era gigantesco, cheio de detalhes, personagens e histórias paralelas. O Nintendo Wii parecia pequeno demais para ele – era quase inacreditável que um jogo tão vasto rodasse naquele console.

Claro, isso tinha um preço. Gráficos serrilhados, texturas lavadas, baixa resolução. Mas nada disso diminuía meu encanto.

A história era rica, os personagens cativantes, e até as side quests – que em muitos jogos parecem apenas preenchimento – tinham profundidade. Xenoblade Chronicles me prendeu como poucos jogos haviam conseguido desde os grandes JRPGs do Super Nintendo.

Passei incontáveis horas mergulhado naquele universo.

E então, a vida mudou.


Quando um Jogo se Torna um Refúgio

Anos depois, precisei me mudar. Na bagagem, o único videogame que levei foi o Nintendo Wii U – muito mais pela praticidade do que por escolha. Jogar diretamente na tela do GamePad era um diferencial importante naquela fase da minha vida, em que eu não podia contar com uma televisão.

Assim que pude, comprei Xenoblade de novo, sem pensar duas vezes. Era o mesmo jogo, mas jogado em outro momento da minha vida, em uma nova configuração, com desafios diferentes. E, mais uma vez, ele estava lá.

Xenoblade não era apenas um jogo, mas uma espécie de porto seguro.

 "Os livros e os jogos que amamos nunca mudam, mas nós mudamos, e ao revisitá-los, descobrimos novas formas de enxergá-los." – Desconhecido


2025: Um Ano Difícil, um Retorno Necessário

Agora, em 2025, Xenoblade Chronicles retorna à minha vida pela terceira vez. Desta vez, no Nintendo Switch, com gráficos refeitos, texturas belíssimas e um carinho impressionante da equipe da Monolith Soft.

Para completar, a comunidade traduziu o jogo para português, utilizando inteligência artificial. Apesar de um ou outro erro gramatical, a imersão é total – e isso torna a experiência ainda mais especial.

E aqui estou eu novamente. Em um ano difícil, em um momento conturbado, redescobrindo esse universo que já me acolheu tantas vezes. Xenoblade Chronicles é como aquele amigo que aparece quando você mais precisa. Ele conta histórias que eu já conheço, mas de um jeito novo – ou talvez eu mesmo tenha mudado tanto que agora as interpreto de outra forma.

Jogá-lo novamente é reencontrar um pedaço de casa, um espaço de conforto e quietude no meio do caos.

E, mais uma vez, é bom saber que posso contar com esse velho amigo.

 "Havia uma parte de mim que só existia dentro daquele mundo. E sempre que eu voltava, ela estava lá, esperando por mim." – Desconhecido

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