Gamertag

quarta-feira, 16 de abril de 2025

FROM S1E2 - The Way Things Are Now

From — Segundas Impressões (Temporada 1, Episódio 2)

🚨 Aviso: este texto contém spoilers da série From.

E então, você acredita em monstros?

O segundo episódio de From continua exatamente de onde o piloto nos deixou — não apenas em termos narrativos, mas também em atmosfera, dúvidas e aquela inquietação constante que parece escorrer pelas paredes da cidade. É agora que a série começa a perguntar diretamente ao espectador o que ele acredita, o que está disposto a aceitar.

Tabitha, recém-chegada à cidade, tenta entender como sua vida foi virada do avesso em poucas horas. E junto com ela, nós vamos nos afundando nesse mistério. O piloto não foi um acaso. Há uma lógica interna, ainda que misteriosa, e From continua nos conduzindo lentamente, com respostas escassas e novas perguntas a cada esquina.

Esse episódio é claramente mais cadenciado. Não é sobre correr — é sobre observar. Conversas longas, olhares pesados, memórias partilhadas. Vemos Donna reviver a pior noite da sua vida. Kenny, por sua vez, fala sobre o momento em que achou que tudo ia melhorar… e então, tudo desabou.

Esses diálogos não são apenas sobre os personagens — são sobre o mundo em que eles estão presos. Um mundo que exige sacrifícios e onde a solidariedade parece ser a única forma de sobrevivência. Boyd e Kristi tentam manter um estranho vivo no trailer, mesmo sem saber se o talismã funcionará ali. O risco é real. Mas o cuidado com o outro também é.

Na Casa Colonial, a sensação é de um lugar mais alegre, mais comunitário. Mas logo percebemos: as regras ali são duras. Julie e Tabitha são amarradas logo que chegam. Parece cruel, exagerado… mas só até lembrarmos que qualquer erro pode abrir as portas para os monstros. O medo, aqui, molda os relacionamentos.

Mesmo assim, há respiros. Fátima acolhe Julie com leveza. A cena da janela entre elas é quase um conto de fadas — doce, sútil, necessária. Mas é apenas um intervalo entre os horrores. Donna conta o que aconteceu com sua irmã. E mesmo sem vermos nada, ouvir já basta. Dá pra sentir o peso em cada palavra.

Enquanto isso, Sarah continua sob suspeita. O que houve no episódio anterior — o assassinato — ainda paira no ar. Será que os monstros a dominam? Falam com ela? Coagem? Ainda é cedo para saber.

Então conhecemos Victor. Um homem estranho, inquietante, que parece flutuar entre o inofensivo e o perigoso. Ele solta uma informação: dois carros não costumam aparecer ao mesmo tempo. E faz disso uma pergunta.

Não é à toa. Em From, cada fala tem peso. A série não entrega respostas, entrega provocações. “O que acontece quando dois carros aparecem simultaneamente?” — a série não responde. Só nos convida a guardar a dúvida.

Ethan, o pequeno, fala de um sonho. Viu desenhos e o “Lago das Lágrimas”. E os desenhos aparecem também nas paredes da Casa Colonial. Estão na abertura da série. Estão nos olhos das crianças. Estão em tudo.

No fim do episódio, todos se recuperam. É dia. Aparentemente, estão salvos. Mas Ethan olha pela janela e vê… o menino de branco. Em plena luz do sol. E aí surge a dúvida: existem monstros que andam de dia?

From segue jogando perguntas no escuro. E eu continuo aqui, com as Segundas Impressões.

  • Pequenas coisas ainda não foram abordadas, mas me deixaram intrigado. De onde vem a comida? E o álcool? Gasolina? E a luz das casas?
  • Como funcionam os Talismãs?
  • Os monstros realmente não correm?
  • O que Victor estava desenhando?

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