Xenoblade Chronicles — Segundas Impressões: Chegada a Makna Forest
Makna Forest chega como uma virada de atmosfera. Depois da leveza melancólica de Satorl Marsh, somos arremessados — literalmente — para dentro de um novo ambiente. A transição é abrupta. Caímos (pra cima) de grandes alturas direto em um corredor estreito, rochoso, e à frente... uma floresta tropical densa se revela.
É tudo diferente. O verde explode. Árvores gigantes, rios, pontes naturais, vida por todo lado. Mas não se engane: é uma vida agressiva. A selva respira perigo. Criaturas enormes, misturas entre máquina e animal, caminham com comportamento selvagem e hostil. Passar por elas exige atenção. Algumas vezes, é preciso simplesmente se esconder.
A floresta começa com uma cena belíssima e misteriosa: o sacrifício dos High Entias. Não se entende muito bem o que está acontecendo, mas há algo de sagrado e solene ali. Pouco depois, encontramos Melia desacordada. Ela está no chão, ferida, e cabe a nós salvá-la.
Essa floresta, apesar de visualmente linda, carrega uma densidade emocional forte. Os Nopons, pequenas criaturas carismáticas, aparecem aqui como alívio cômico e emocional. Eles contrastam com o peso do ambiente, e ajudam a criar pequenos respiros no meio da tensão.
Entre missões de caça e travessias perigosas, Shulk acaba ficando sozinho por um momento. É a primeira vez em muito tempo que ele se separa do grupo, e isso torna o jogo imediatamente mais perigoso. Mas essa separação também marca a liberação de um novo poder da Monado — agora, enfrentamos inimigos capazes de prever os movimentos do Shulk. É necessário usar a nova habilidade para não errar todos os golpes. É mais um desafio que transforma a floresta num campo de provações.
Depois de salvar Melia, ela se junta ao grupo. Suas habilidades mágicas trazem um novo dinamismo à party, e ela indica o próximo destino: a cidade dos Nopons. A floresta então se revela mais uma etapa — bonita, perigosa, encantadora, mas transitória. Um caminho.
Mesmo com toda sua beleza e complexidade, Makna Forest não é totalmente explorada nessa primeira passagem. É um lugar que claramente pede retorno. Pontas soltas, áreas não visitadas, monstros poderosos à espreita. Tudo sugere que voltaremos aqui. Que há mais para ver, mais para entender.
Jogando novamente agora, em 2025, essa floresta me pareceu menos como um grande mapa e mais como um grande suspiro. É uma ponte entre o que deixamos para trás e o que ainda vamos encontrar. E o fato de já conseguirmos ver ao longe a grande árvore — a cidade dos Nopons — nos lembra de que estamos a caminho de algo importante. Algo maior.
Makna Forest é isso: um aviso, um respiro, uma floresta que guarda segredos sob suas copas altíssimas.
— Dário Junior
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